sexta-feira, 29 de agosto de 2008

De regresso

De regresso à minha terra, deste lado do Mundo, posso dizer que dou graças a Deus por ter tido a oportunidade de viajar até à Austrália.
As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) de 2008, em Sydney, foram sem dúvida alguma uma experiência única que me permitiu fortalecer, mais uma vez, a minha fé e perceber, com a ajuda do Espírito Santo, o desafio que o Senhor me coloca enquanto sua testemunha.

Para quem nunca tinha vivido momentos intensos como os que se apreciam em qualquer JMJ, para mim, foi realmente bonito ver todas aquelas pessoas alegres e unidas no Amor de Cristo!
Estou agradecida a todos os que caminharam comigo, não só do grupo com que fui mas também aqueles que ajudaram neste evento porque sem essa Luz teria sido mais difícil ultrapassar os obstáculos que vão surgindo enquanto se é peregrino!

Célia Santos

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Partilha sobre a jornada mundial da juventude


Foi a minha quarta participação em Jornadas Mundiais da Juventude, depois de Roma, Toronto e Colónia – agora Sydney. O que posso dizer deste grande evento que reuniu mais de 250 000 jovens vindos de todo o mundo? A tarefa não é fácil, mas vou tentar…

Foram dias muito especiais, havendo momentos nesta Jornada que foram vividos com grande simplicidade, mas que ficaram na minha memória, devido à intensidade que os envolveu. É impossível enumerar todos, mas posso referir alguns, como a convicção de um jovem com mobilidade reduzida, que tocava viola durante a nossa caminhada até Randwick ou a alegria de uma Irmã ao saber que éramos do país onde nasceu o padroeiro da sua Paróquia no Texas - Santo António.

O encontro em Barangaroo com uma jovem luso descendente da comunidade emigrante dos E.U.A., que fazendo-se acompanhar por duas bandeiras (Portugal e E.U.A.), ficou estupefacta ao ver a
nossa bandeira, exclamando: “Oh my God, real Portuguese!”. Tinha 17 anos, nunca tinha vindo a Portugal, mas num português perfeito manifestou o desejo de vir à pátria lusa no próximo ano com a sua família.




O reencontro e o “big free hug” à minha amiga Florbela, missionária em Timor Leste e que já não via há 10 meses, foi também um dos pontos altos destes dias. Não conseguimos esconder os sorrisos luminosos de orelha a orelha, que denunciam a nossa alegria sempre que “Tamo junto”.

Tive o privilégio de poder ficar mais uma semana após a Jornada, o que me permitiu conhecer um pouco mais Sydney e os seus arredores. O passeio até às Blue Mountains deixou-nos extasiados. A sua beleza é tal que as palavras eram insuficientes para transmitir o que sentíamos, pelo que, frequentemente, demos connosco a cantar o “Maravilhas”, única forma com que conseguimos expressar a gratidão ao nosso Deus, pela paisagem por Ele criada e que tínhamos o privilégio de poder contemplar.


A forma como os “25 magníficos” se relacionaram e se tornaram “grupo”, foi também especial. E isso é notório mesmo no espírito pós-Jornada, quando arranjamos pretextos só para estarmos juntos e podermos continuar a partilhar algumas das vivências de Sydney e a forma como o Espírito Santo tem renovado as nossas vidas.
O desafio do Papa Bento XVI, de sermos anunciadores de Cristo ressuscitado, de darmos testemunho d`Ele no nosso quotidiano, tornando-o num permanente Pentecostes, também se faz reflectir na minha caminhada de católica.

Sinto-me feliz e verdadeiramente grata por tido esta oportunidade de responder afirmativamente ao convite do Papa e poder participar nas XXIII J.M.J., no “outro lado do mundo”. Sinto-me agora responsável por transmitir o que vi e ouvi, mas acima de tudo o que vivi, aos que não puderam estar presentes.
Que continuemos a ter a audácia de testemunhar o nosso Deus amor, para que em Madrid, em 2011, sejamos mais a acalentar o desejo de O amar e seguir.





Texto e fotos de Lina Soares

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

"Não sei ao certo o momento em que parti"


Oiça aqui o testemunho do Paulo Almeida, um dos jovens da paróquia de Algueirão - Mem Martins - Mercês que foi às Jornadas.









terça-feira, 5 de agosto de 2008

Porque peregrinámos até Sydney?

Regresso da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Sydney e familiares, amigos e colegas de trabalho perguntam-me: “Então como é que correu?” Quem já participou numa Jornada sabe como é difícil dar a resposta a esta questão e a JMJ em Sydney foi, de facto, muito generosa em acontecimentos, de tal forma que as mais de 20 horas de viagem de avião desvanecem-se!
A JMJ reúne jovens de vários países do mundo com culturas e realidades tão diferentes, mas essas diferenças traduzem-se numa enorme riqueza em partilha, conhecimento, amizade, alegria, que eu não vejo em outros acontecimentos.


À partida, podíamos achar que este é mais um encontro de jovens que se reúnem à semelhança do que acontece num jogo de futebol ou num qualquer festival de Verão. Mas o que é que nos faz diferentes? É o facto de sermos baptizados, é o fazermos parte de uma Igreja una, cuja cabeça é Cristo e nós somos os seus membros e que em nós actua, permanentemente, o Espírito Santo que é a seiva que nos renova e nos torna homens convictos na fé.



Jesus Cristo é a causa de eu ter visto jovens com um brilho nos olhos que nos absorve e arrebata, com um enorme sentido de responsabilidade e comprometidos verdadeiramente na Igreja. Conheci jovens já repetentes nestas “andanças” e outros que estavam a participar pela primeira vez, mas algo havia de comum em todos eles: o quererem conhecer e amar mais esta Igreja de Jesus Cristo! Por isso se explica a alegria e os cânticos entoados pelos vários grupos que se cruzavam pelas principais avenidas de Sydney, agora fechadas ao trânsito para deixar passar a multidão de jovens; os sorrisos sinceros e verdadeiros estampados nos rostos iluminados e cheios de entusiasmo; salas da conhecida “Sydney Opera House” transformadas em locais para confissão e adoração; a caminhada que se estendeu por mais de 9 Km e que encheu por completo a “Sydney Harbour Bridge” desde a madrugada até ao final da tarde; as centenas de voluntários que se encontravam sempre com um sorriso e se dirigiam a nós e perguntavam se precisávamos de ajuda; o silêncio de “arrepiar” no momento da consagração, onde estavam reunidos mais de 250.000 jovens na Eucaristia de encerramento com o Papa Bento XVI.

Por tudo isto valeu a pena participar na peregrinação até Sydney!
Este encontro ajudou-me a renovar e a fortalecer a minha fé, a tomar consciência da importância de ser testemunha viva, apesar das minhas limitações e das dificuldades que encontro no dia-a-dia.
Felizmente vivo num país onde posso fazer esta partilha convosco - pois ainda hoje, em pleno século XXI, países como a China, os católicos não se podem expressar livremente – por eles o mundo grito, a minha solidariedade e a minha oração.


A todos os elementos do Patriarcado de Lisboa que integraram esta peregrinação, o meu obrigado pelo testemunho, a partilha, a alegria, a amizade, o abraço e por me terem feito sentir muito amado e acolhido. Obrigado! Foi por tudo isto que eu peregrinei até Sydney…





Texto e imagens de Nuno Antunes