segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Partilha sobre a jornada mundial da juventude


Foi a minha quarta participação em Jornadas Mundiais da Juventude, depois de Roma, Toronto e Colónia – agora Sydney. O que posso dizer deste grande evento que reuniu mais de 250 000 jovens vindos de todo o mundo? A tarefa não é fácil, mas vou tentar…

Foram dias muito especiais, havendo momentos nesta Jornada que foram vividos com grande simplicidade, mas que ficaram na minha memória, devido à intensidade que os envolveu. É impossível enumerar todos, mas posso referir alguns, como a convicção de um jovem com mobilidade reduzida, que tocava viola durante a nossa caminhada até Randwick ou a alegria de uma Irmã ao saber que éramos do país onde nasceu o padroeiro da sua Paróquia no Texas - Santo António.

O encontro em Barangaroo com uma jovem luso descendente da comunidade emigrante dos E.U.A., que fazendo-se acompanhar por duas bandeiras (Portugal e E.U.A.), ficou estupefacta ao ver a
nossa bandeira, exclamando: “Oh my God, real Portuguese!”. Tinha 17 anos, nunca tinha vindo a Portugal, mas num português perfeito manifestou o desejo de vir à pátria lusa no próximo ano com a sua família.




O reencontro e o “big free hug” à minha amiga Florbela, missionária em Timor Leste e que já não via há 10 meses, foi também um dos pontos altos destes dias. Não conseguimos esconder os sorrisos luminosos de orelha a orelha, que denunciam a nossa alegria sempre que “Tamo junto”.

Tive o privilégio de poder ficar mais uma semana após a Jornada, o que me permitiu conhecer um pouco mais Sydney e os seus arredores. O passeio até às Blue Mountains deixou-nos extasiados. A sua beleza é tal que as palavras eram insuficientes para transmitir o que sentíamos, pelo que, frequentemente, demos connosco a cantar o “Maravilhas”, única forma com que conseguimos expressar a gratidão ao nosso Deus, pela paisagem por Ele criada e que tínhamos o privilégio de poder contemplar.


A forma como os “25 magníficos” se relacionaram e se tornaram “grupo”, foi também especial. E isso é notório mesmo no espírito pós-Jornada, quando arranjamos pretextos só para estarmos juntos e podermos continuar a partilhar algumas das vivências de Sydney e a forma como o Espírito Santo tem renovado as nossas vidas.
O desafio do Papa Bento XVI, de sermos anunciadores de Cristo ressuscitado, de darmos testemunho d`Ele no nosso quotidiano, tornando-o num permanente Pentecostes, também se faz reflectir na minha caminhada de católica.

Sinto-me feliz e verdadeiramente grata por tido esta oportunidade de responder afirmativamente ao convite do Papa e poder participar nas XXIII J.M.J., no “outro lado do mundo”. Sinto-me agora responsável por transmitir o que vi e ouvi, mas acima de tudo o que vivi, aos que não puderam estar presentes.
Que continuemos a ter a audácia de testemunhar o nosso Deus amor, para que em Madrid, em 2011, sejamos mais a acalentar o desejo de O amar e seguir.





Texto e fotos de Lina Soares

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